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Foto do escritorLury Tomioka

A gangorra da autoestima

O autoconhecimento traz descobertas interessantes. Fazendo terapia ao longo dos anos, percebi que, em muitos momentos da minha vida, fiquei mecanicamente oscilando entre extremos:


achar-me uma merda x achar que eu sou foda

sentir-me impotente x achar que eu sou onipotente

acreditar que eu sou inútil x acreditar que eu sou muito importante


Só que chegou uma hora em que eu cansei de brincar nessa gangorra que só alimenta a comparação, a autossabotagem e o sofrimento, então, passei a buscar meios de equilibrar a minha autoestima. Compartilho o que aprendi:


Autoestima vem de dentro. Não é o número de seguidores, a taxa de gordura, a pós-graduação ou a conta bancária que determinam o nosso valor... conseguimos ser o nosso próprio apoio quando respeitamos os nossos limites e honramos as nossas luzes internas. Relembrar que somos todos seres humanos em construção e melhoria contínua ajuda muito!


Outra coisa que eu percebi, observando a mim mesma e acompanhando as pessoas na transformação dos seus conflitos, é que baixa autoestima ou vaidade exacerbada é sinal de que existem partes em dor, congeladas no passado, pedindo atenção.


Nenhum dos extremos da gangorra revela a verdade sobre quem somos; são apenas histórias e imaginações!

Ao curarmos as nossas memórias de insuficiência, normalmente enraizadas na infância, também liberamos os fardos do orgulho e da vaidade, que estavam sendo usados para contrapor as nossas vulnerabilidades. E a leveza que surge disso é incrível...

Por último, ninguém é especial, somos todos essenciais. Precisamos compreender de uma vez por todas que ninguém é melhor ou pior do que ninguém. Cada um veio ocupar o seu lugar nesse mundo tão vasto e contribuir com a evolução do todo de uma maneira única. Quando paramos de tentar ser VIP, iluminados ou fodásticos e, simplesmente, cumprimos a função que viemos desempenhar aqui, a vida flui que é uma bênção.





Claro que somos desafiados a cair de novo nos extremos vááárias vezes. Só que quando sabemos quem verdadeiramente somos, a negação do próprio valor ou o orgulho excessivo não duram muito tempo... enfim, espero que você também se observe de perto e reconheça o ser maravilhoso e necessário que você é. Mas não vai ficar se achando muito, hein?

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