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Foto do escritorLury Tomioka

Como podemos dizer "não" em paz?

Sabemos que dizer não é sinal de autocuidado, essencial para preservar a nossa saúde mental. No entanto, por que é tão difícil expressar o não de forma clara e tranquila? Vim coletando e desconstruindo algumas crenças que estão por trás dessa dificuldade.


Uma delas é: "Dizer não = rejeitar o outro."

Se a pessoa que recebe o seu não tem um alto grau de narcisismo, ela realmente vai experienciar a sua recusa como uma rejeição ou um abandono (e vai reagir com retaliação, drama, vitimismo, injeção de culpa, etc.). Mas, nada disso tem a ver com você! O seu não não significa uma ruptura ou uma rejeição ao outro, é apenas uma recusa a um pedido ou convite que aquela pessoa está te fazendo num dado momento. E isso é muito diferente...


Uma outra crença implícita: "Minhas necessidades não são importantes ou são menos importantes que as dos outros." Esse é um sintoma de baixa autoestima, que leva à autoanulação e te faz acreditar que você só pode dizer não se tiver um motivo incontestável (e que, ainda assim, é preciso se justificar e se desculpar excessivamente). Por mais que você se diga "Não custa nada dizer sim...", no fundo, você sabe que ser a última pessoa da sua lista tem um preço, principalmente para a sua saúde e bem-estar. Então, que tal se colocar no rol das pessoas que merecem prioridade na sua vida?


Por último, a clássica e equivocada ideia: "Não posso desapontar as pessoas."

Sim, você pode. Inclusive, te encorajo a correr o risco de desapontar mais vezes, porque o seu papel aqui é ser quem você é e não moldar a sua existência às expectativas dos outros, agradar a qualquer custo e garantir que todos estejam confortáveis – menos você. Também é importante lembrar: quando você diz sim querendo dizer não, você se ressente e a sua raiva (ainda que reprimida!) vai contaminando o ecossistema da relação. Mais cedo ou mais tarde, o clima vai ficar desagradável... Além disso, pessoas adultas têm capacidade para lidar com a frustração ou, ao menos, para se distrair dela.


Agora, virando as lentes para você: Nos seus relacionamentos, qual tem sido o maior desafio ao exercitar o não?

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